COMIDA
Ao pedir comida, em viagens ao estrangeiro, tome cuidado para usar as palavras certas, no momento certo, pois podem acontecer coisas bizarras, como ocorreu comigo e com conhecidos meus :
Em Roma, após um cansativo passeio, entrei numa lanchonete perto de casa afim de comprar algo para comer. Ao escolher, entre poucas opções, um sanduíche contendo mussarela e outros ingredientes indecifráveis, pedi que ele fosse preparado só com a mussarela (afinal, esta era uma palavrinha bem conhecida)
Chegando em casa, ao desembrulha- lo cheia de fome, qual a surpresa ? O sanduíche veio só com os ingredientes indecifráveis que eu quisera evitar …e sem nenhum mísero pedacinho de mussarela!
Em outro ocasião …
Uma amiga minha, não tendo facilidade de se comunicar em língua estrangeira, viajou com amigos e vendo-os comprar sanduiches que lhe agradaram no visual, perguntou como poderia fazer para comprar um igual. Informaram que deveria pedir o número 3. Resultado que ela conseguiu ao fazer o pedido, reforçando que era o número 3 que ela queria: recebeu três sanduiches iguais, e não aceitaram reclamação…Teve que comer!
ATENÇÃO NAS DISTÂNCIAS
É muito certo procurar economizar em viagens, pois assim pode-se visitar mais lugares, aproveitar mais!
Porém, ao fazer buscas pela internet para encontrar bons lugares de hospedagem, que atendam aos pré requisitos de “bom, bonito e barato” nem sempre se consegue o lugar ideal… Mas mesmo assim pode ser divertido…
Em Amsterdã, conseguimos um hotel de uma rede internacional, que se mostrava bem acolhedor nas fotos, com boas avaliações de pessoas que lá tinham se hospedado, apesar de ser um pouco afastado do centro. ( A outra opção era hospedagem num quarto com dez pessoas num albergue no centro da cidade, que estava repleta nesta ocasião)
Nosso horário de chegada, com malas e tudo, foi perto da meia noite, e saltamos no último ponto do metrô, caminhando para achar o encantador hotel, que julgávamos ali pertinho. E andamos, percorrendo quase um quilometro, e nada de hotel. Como era tarde da noite, não havia nenhuma viva alma para se pedir informações. Por sorte, um casal que se hospedava neste mesmo hotel estava também retornando para lá,e como iam devagarinho, namorando, conseguimos alcança-los, E ao chegarmos próximo ao hotel, entendemos porque era tão longe : uma placa avisava que ali não era mais Amsterdã.
LOGO ALI…
PERIGO E DELÍCIA DE SE PERDER:
Se você, como eu, não for uma pessoa abençoada com um bom senso de direção inato, não se deixe prejudicar por isto, ao visitar cidades estrangeiras. Posso afirmar que muitas das melhores e até das mais engraçadas situações vividas por mim nestes dois meses e meio viajando pela Europa, aconteceram justamente por causa disto.
Claro que se deve prestar atenção em orientações, ser prudente levando mapas do local. Mas, se apesar de tudo isto acontecer você se perder, relaxe, e procure apreciar este lugar diferente do programado, descubra as belezas dali, tire fotos que talvez nenhum turista terá igual…e se divirta consigo mesma, por estar nesta situação. Assim, logo se acalmará e poderá tomar providências para retornar ao lugar pretendido, ou ao lugar de onde você partiu…
Em Roma:
Só queríamos ir ao Shopping
O fato mais perigoso que aconteceu nesta viagem, foi quando eu e uma amiga, tentando visitar um grande shopping em Roma, com informações que logo se revelaram insuficientes, pegamos um ônibus que foi nos levando cada vez mais para fora da cidade. Ao desconfiarmos que algo estava errado, porque as construções estavam rareando, e os campos aparecendo, perguntamos em nosso mau inglês e ainda pior italiano para onde estávamos indo. E a informação nos preocupou, pois o destino daquele ônibus era uma localidade distante, de onde só teríamos como voltar no dia seguinte. Pedimos para parar e saltamos no desconhecido, e já era noite! Depois de muito andar e com a ajuda de boas pessoas (que ainda existem) conseguimos retornar, mas não sem antes perguntar o nome daquele lugar, que se tornou motivo de gozações por muito tempo: Casal Palocco!
Fotos por outros ângulos
Nas Termas de Caracalla, consegui a “proeza” de dar a volta completa no enorme lado externo do local, para descobrir, rindo, que se tivesse ido pela esquerda, em vez de pela direita, teria encontrado o portão de entrada em menos de cinco minutos…Mas tirei lindas fotos daqueles lados que ninguém visita…E foi uma bela caminhada !
O “bolo de noiva”
No centro histórico de Roma existe um grande monumento ao primeiro rei da Itália Unificada, Vittorio Emanuele II, todo construído em mármore branco. Como se diferenciou muito dos antigos monumentos romanos pela sua cor, recebeu o apelido de “bolo de noiva”. E era este monumento enorme, que se pode avistar de longe, que servia para mim de ponto de referencia.
Eu me deixava perder por todas aquelas ruas, descobrindo lindas igrejas, fontes, lojas, porque sabia que a qualquer momento ia vislumbrar de novo o “bolo de noiva”, e então saberia como voltar à estação do metrô, ou ao ponto de ônibus meus conhecidos. Assim acabei chegando a uma igreja dos portugueses, linda, pouco tempo antes de começar um concerto maravilhoso… e grátis! Também assim descobri a igreja de Santa Maria Madalena. Eu nem sabia que existia uma igreja assim denominada.
E foi por acaso e também por ali que encontrei uma atração bem interessante: a loja do Gepetto (lembram da história do Pinóquio?) Nesta loja um velhinho fica ao vivo, esculpindo em madeira bonecos, brinquedos e muitas coisas interessantes . Se eu voltar algum dia a Roma, quero ir lá de novo…
Dica para quem viajar sozinha
Se você se aventurar sozinha, como eu fiz, viajando para um país em que não domina seu idioma, use esta “dica” para ter certeza de que não vai se perder: escreva num caderninho as perguntas que vão ser necessárias tanto no idioma daquele país, como em inglês (para isso, consulte dicionários, livrinhos de ajuda a viajantes, etc). Se falhar a sua comunicação oral, use a escrita, acompanhada de um sorriso e de um Please, ou S’il vous plait conforme o interlocutor escolhido… e depois agradeça bastante!
Garanto que funciona! No meu caso, o aeroporto era o De Gaulle, em Paris e eu precisava chegar de trem(TGV) a Avignon (689 km) no sul da França.
Uma coisa é certa: após enfrentar dificuldades e conseguir atingir os objetivos, fica um sentimento bom de crescimento pessoal! E desta forma também não se perdem aqueles bons momentos que seriam desperdiçados se o medo de enfrentar possíveis problemas vencesse!